21 de out. de 2011

O que é #1: Yaoi (やおい)


Haaii !! Lady-chan vos escreve o/ eu achei uma matéria sobre o que é o Yaoi, e gostaria de dividir com vocês XD
Nas próximas semanas vamos estar postando vários posts sobre "o que é", o que são genêros diferentes, como yuri, shonen, shoujo, etc. e também sobre o que são cosplayers, cosmaker, visual kei, oshare kei, lolita e os muuuuuuuitíssimos genêros que existem lá na cultura oriental!
Espero que gostem da matéria e que fique um pouco mais claro sobre o que é yaoi, e pra quem é fujoshi (como eu \o/), aproveite para saber um pouco mais.




Yaoi (やおい) é um gênero de publicação que tem o foco em relações homossexuais entre dois homens e tem geralmente o público feminino como alvo. O termo se originou no Japão e inclui mangá, anime, novelas e dōjinshis. No Japão esse gênero é chamado de "Boy's Love", ou simplesmente "BL", e "yaoi" é mais usado por fãs do ocidente. O yaoi se expandiu para além do Japão; materiais podem ser encontrados nos Estados Unidos, assim como em nações ocidentais e orientais ao redor do mundo. (wikipedia)
Não confunda!! Yaoi não é Shonen ai:
Shōnen'ai (少年愛 lit. amor de meninos) é um gênero do anime e do mangá que retrata relações românticas entre homens. Essas relações são leves ou insinuadas, às vezes apenas passionais, e geralmente não há retratação do ato sexual.Mas que as vezes é apenas uma amizade forte entre garotos e homens.
Algumas obras se concentram apenas em relacionamentos shonen-ai, mas é comum encontrar algo do gênero em histórias sobre qualquer tema e direcionadas a qualquer público, inclusive o infantil. Em muitos casos, a relação pode ser explicada como uma amizade mais profunda e não choca a audiência. Há uma separação bem-definida entre o shonen-ai e mangás/animes pornográficos com conteúdo homossexual entre homens, conhecidas como Yaoi.
No Japão, ironicamente, essa expressão é usada para se referir à pedofilia e não no sentido em que é usada nesse artigo: O termo usado lá para mangás e animes do gênero é Boys Love, emprestado do inglês e com o mesmo significado. Vale a pena lembrar que, em países de língua inglesa, boylove é um termo ofensivo e que se refere justamente à pedofilia.
O shonen-ai é bastante popular no Japão e nos outros países do extremo oriente, e têm muitos fãs também no ocidente: O mangá Gravitation, ícone do gênero, arrecadou 9 milhões de dólares em lucros somente nos EUA. Há também algum sucesso em países lusófonos, particularmente com o desenho Sakura Card Captors, que retrata uma relação homossexual sugerida e foi exibido na TV no Brasil e em Portugal. (Wkipedia)
Sempre que um amigo me pergunta porquê gosto de yaoi eu digo: “Eu gosto tanto de homem, que dois, três juntos, me deixam louca!”, mas sabe? É verdade!
Apesar de não ser a única a me sentir assim; muitas amigas que gostam de yaoi também têm esse sentimento de exaltação do sexo masculino; existem pessoas que relacionam o desejo sexual a outras coisas como a transgressão, a humilhação, ao proibido e ao pecado. É provável que essas pessoas pertençam a uma sociedade de paradigmas cristãos. O que não é o caso do Japão, onde surgiu o yaoi.
O que é tabu aqui, não é necessariamente um tabu lá. Ver o yaoi sem compreender um pouquinho daquela sociedade é coisa de macaco. u_u.



"Eu não sou gay, eu só estou apaixonado por essa pessoa que por acaso é um homem"

Dois jovens altos, esbeltos e delgados, queixos pontudos e com ossos da bochecha salientes. Olhos vastos, misteriosos e penetrantes. Comportamento feminino, presença de emoções afloradas e vulnerabilidades típicas do chamado sexo frágil. Falo, é claro, dos bishonen, esses seres andróginos da ficção japonesa que, longe de representar a ala gay ou algum homem idealmente fantasioso, se mostram como a manifestação de um terceiro sexo - que não é o dos anjos - existente apenas nas mentes das mulheres.
Yaoi é um gênero do entretenimento japonês que dimensiona suas histórias em torno de relacionamentos homossexuais masculinos, geralmente com conteúdo sensual ou mesmo erótico. Importante: Feito por mulheres, para mulheres...praticamente todas heterossexuais! Não pretendo com esse post fazer divisões cartesianas de sub-gêneros dentro do yaoi, isso é acessível em qualquer site do assunto, mas a ideia é contar um pouco da história do gênero, os fatos que o engendraram, como ele se manifesta, como se espraiou pelo mundo, sua relação com o movimento gay para, enfim, traçar algumas conclusões.

Gravitation

No Japão, o erotismo gráfico não é um privilégio exclusivamente masculino como foi por muito tempo no ocidente (foi, pois agora que para as mulheres a satisfação sexual deixou de ser uma possibilidade aceitável para ser um direito inalienável, a pornografia com foco no público feminino ganha terreno por aqui também). Existem mais de 30 revistas de mangás femininos - as ladies comics - oferecendo tórrida sensualidade escondida por trás de castas capas de cores em tons pastéis, que, em um ano, vendem milhões de unidades para uma base de leitoras calculada em centenas de milhares de cabeças (nos anos 90, mais de 1,2 milhões de unidades vendidas mensalmente). É natural que o erotismo do público feminino apresente distinções para aquela dirigida ao público masculino.  Enquanto os homens preferem grafismos explícitos e essenciais para satisfação visual pura e simples, a mulher aprecia mais as firulas, o contexto, as reflexões, os comentários, as descrições, o implícito; não que isso elimine das ladies comics possíveis cenas de sadomasoquismo ou com certa escatologia que podem chocar pelo contraste entre a capa pudica e o conteúdo virulento.



Como nasceu o yaoi.

“Amaterasu estava completamente cansada da brutalidade de seu irmão Susanoo. Ele era um grosso, um animal. Certo dia, da janela de sua casa, Amaterasu o viu conversando com Tejikarao, o deus da força. Susanoo deslizava os dedos no rosto do amigo, que quando podia, mordiscava as pontas dos dedos do deus temperamental. Amaterasu ficou encantada com o que viu, correu para o laptop e começou a desenhar com sua tablet da Wacom. No primeiro Comic Market foi vender um doujinshi com a história do irmão. Assim nasceu o yaoi”.

É complexo dizer como o movimento nasceu, mas a primeira citação da palavra yaoi foi em 1979.
O fato é que no Japão, desde quase sempre, o homem desempenhou inúmeros papéis sexuais, que foram amplamente apreciados por homens e mulheres. O onnagata do Kabuki é o mais expressivo, por assim dizer. Vetada a participação feminina, o Kabuki utiliza jovens atores em papéis femininos e prioritariamente, nenhuma perversão é relacionada a esse fato.
Relações de subserviência, entre aprendiz e mestre, cumplicidade, entre oficiais de um mesmo exército e de competição saudável, como Musashi e Kojiro, fomentaram o imaginário, masculino e feminino, que através dos séculos se questionaram: “E o que mais há por detrás disso?”.
O resultado dessa inquietação, desse questionamento, dessa necessidade de descobrir o que há por detrás é, simplesmente, o yaoi. Firmando-se por detrás dos pequenos estandes do Comic Market, com inúmeras obras de séries do início dos anos 80 (Como Saint Seiya, Slum Dunk) de caráter romântico, erótico ou cômico.
“No Japão existem muitos mangás pornôs, mas eles são destinados ao público masculino. As mulheres são maltratadas e humilhadas e não é o reflexo de toda a fantasia deles. E dentro do mangá shoujo existem lindas histórias, mas que não chegam a um ápice, não há erotismo.É também uma das razões que pode levar as mulheres a esse tipo de leitura.”
Palavras sábias de Yamane Ayano-sensei! 



Um pouco de história. O termo yaoi nasceu nos anos 80 a partir da aglutinação dos termos yama nashi (sem apogeu ou climax), ochi nashi (sem queda ou final) e imi nashi(sem significado) como a definição de um mangá que abre mão das regras narrativas dos quadrinhos. O gênero não nasceu com essa temática homoerótica, ele se dirigia às criações das jovens japonesas que produziam dounjinshis diversos e, na ânsia de dar corpo às fantasias e imaginações, acabavam se esquecendo de dar um rumo lógico à história. O termo inicialmente era usado para brincar com artistas amadores de mangá e produtores de paródias de séries famosas (paródia, em japonês, não tem o sentido sarcástico que pode possuir em português ou inglês, no caso, é apenas para citar o amadorismo da criação).




Conforme as garotas foram brincando de rascunhar mangás, as histórias frequentemente desaguavam nos amores proibidos enquanto elas se esqueciam de amarrar a história, e dessa falta de reflexão somada a crescente escolha pela homossexualidade masculina para contar seu relato, o termo yaoi acabou sendo re-significado para isso que conhecemos hoje.
O yaoi se consolidou trazendo intensas relações amorosas entre jovens e gentis garotos, alienados do cotidiano, com traço do desenho estilizados e amplo foco na dimensão psicológica dos atores. Muitos doujinshis trazem a tortura e o assassinato como uma representação de um amor obsessivo e destrutivo. Quando se apropria de séries famosas, geralmente escolhem títulos com uma ampla gama de personagens com essas características a serem trabalhados. Os principais alvos, também pela época de crescimento do yaoi, foram Captain Tsubasa, Saint Seiya (principalmente depois da estilização do traço dos personagens pelos character designers de Rosa de Versalhes), Yu Yu Hakusho e Slam Dunk.
Yaoi é uma realidade virtual, um desejo fantasioso e projetivo, uma forma de demonstração de amor puro e definitivo, frequentemente exposto por frases como "eu não nasci para ser gay, eu te amaria se fosse fosse menino ou menina". E então você me pergunta: por que raios um gênero de mulher, para mulher, sobre mulher, tratado pelo olhar feminino, é feito com um casal masculino gay?!? Muito se questiona sobre isso nos estudos de mídia asiáticos e principalmente nos boards da internet.

“As mídias falam da libertação da mulher há pelo menos 25 anos, mas só muito recentemente é que essa liberação é constatada em fatos. A principal conseqüência dessa liberação da mulher é a perda de suas referências sociais. As jovens no Japão são como um cavalo que voltou a ser selvagem. Não mais se parecem com as mães, mas também não sabem o que fazer de sua liberdade em uma sociedade ainda dominada por homens. A sociedade não espera mais que elas sejam apenas boas esposas e boas mães, porém isso não significa que elas tenham conquistado seu lugar no mundo do trabalho. Elas são livres, é verdade, mas não com igualdade. Grande parte de sua energia, reprimida por muito tempo e novamente liberada, passou para o fenômeno dos fanzines. Este tornou-se para essas adolescentes um meio de exprimir sua personalidade profunda. O gênero yaoi é, penso eu, uma reação à opressão sexual dos homens. É uma revolta contra a imagem estereotipada da mulher na mídia. Com esse gênero, elas reivindicam outras representações sexuadas além das que lhes são propostas.” (Furukawa Masuzo, fundador da Mandrake)

“Tomando por tema as relações homossexuais masculinas, elas podem desenhar, ao mesmo tempo, tudo o que quiserem de seu centro de interesses número 1 – os homens -, sem voltar à realidade contando as clássicas relações homem-mulher, que para elas fazem parte de um cotidiano muitas vezes monótono (ainda que imaginário), que termina invariavelmente com “eles se casaram e tivera muitos filhos”. Apesar de tudo, um homem permanece um ser misterioso, incompreensível, para uma mulher jovem. Os mangás yaoi são a expressão dessa busca.” (Yonezaka, fundador Comiket)

Todo mundo gosta de mencionar a dita sentimentalidade feminina, que não ama com os olhos, aquela coisa superior...blah, esquecemos a natureza mais simples da questão. O yaoi abarca uma série de sub-gêneros e atinge um público incrivelmente amplo (de meninas de 12 anos a mulheres casadas de 35), e parte dele tem um objetivo mais sexual do que a moral inicialmente nos faria supor que possa partir de uma mulher (e vários títulos mais hardcore são muito picantes). Seguindo a mesma lógica da pornografia lésbica, geralmente apreciada pelo público masculino, para algumas mulheres dois homens são melhores do que um, ainda mais quando suprime a presença de uma pessoa do mesmo sexo que o dela, com a qual inequivocadamente serão feitas comparações, provavelmente com saldo negativo para a espectadora. Além disso, existe a possibilidade de se identificar tanto com o papel de dominador quanto de dominado, e mudar de papel a qualquer momento.

Mais simples do que isso, o yaoi é diferente e foge da mesmice, além de ser muito acessível e agradar diversos gostos distintos com sua ampla variedade de abordagens. No Japão, é possível comprar uma revista do gênero com muita discrição em qualquer ponto de venda; a internet, então, deixa o público separado do conteúdo por apenas alguns cliques, além de garantir o completo anonimato e não deixar rastros físicos de seu consumo com o simples limpar de um histórico (não precisa guardar a revista no fundo do armário, sob o risco de ser achado pelo maridão ou pela mãe curiosa, nem a expõe ao constrangimento de ler no metrô).

Sailor Moon e Tuxedo Mask

Outro ponto relevante para a realidade japonesa foi o fato da indústria cultural ter subestimado a sexualidade feminina e ter entregue apenas relacionamentos quadrados e irreais como aquele entre Serena e Tuxedo Mask em Sailor Moon. Ok, isso vende muito, mas só isso também não dá. O yaoi faz o contraponto dos estereótipos dos mangás comerciais femininos (menina kawaii e romântica, menino rude ou cavalheiro demais). Para finalizar o argumento, novamente Yonezaka: 
“Os mangás comerciais destinados às jovens acentuam demais o romantismo cor-de-rosa, e tendem a considerar suas leitoras como cinderelas à espera paciente de seus príncipes encantados. É essa ruptura entre os mangás comerciais e a expectativadas leitoras que explica, em grande parte, a razão de as adolescentes se voltarem progressivamente para os fanzines dos mangás yaoi.”

Yukito e Toya - Sakura Card Captors

Outro argumento, esse muito mais complexo e não menos interessante, coloca o consumo do yaoi na lógica da pós-modernidade, estrutura de pensamento acadêmico que bombou no Japão oitentista. Fala-se muito em história doce e romântica, amor intocável e platônico (ou em Platão, para iniciados xaropes), inacessibilidade do sexo praticado pelo gênero oposto e oposição aos valores tradicionais, mas se esquecem de posicionar as obras no mesmo contexto de toda a cultura pop japonesa. Toda história repete o cenário cíclico de angústias e paixões que sempre culminam num beijo (ou algo a mais) - previamente recusado por um dos lados, apesar do interesse mútuo - responsável por selar o compromisso. E só. Para a maioria das leitoras, isso basta. Uma forma bem pós-moderna de consumir narrativas (nesse país do Light Novel) e sinal do esvaziamento do significado humano e profundo das narrativas (como eram nos tempos modernos, por essa perspectiva), que passam a ser produtos descartáveis para satisfação imediata, sem necessidade de  trazer maiores significados embutidos (lembrem, sem clímax, final ou significado, apenas prazer momentâneo). Aqui, novamente o moe e o yaoi compartilham semelhanças notáveis. Você, querido, que ridiculariza o yaoi mas curte K-ON, a estrutura narrativa e a motivação de consumo são as mesmas, só muda a roupagem! Mas esse não é o foco do post...

K-ON!

Enfim, o yaoi é um grande resultado do contexto global, onde a produção da informação/mídia saiu da posse totalitária dos produtores de conteúdo; eles compartilham esse posto com as pessoas ordinárias, os fãs (fandom), que muitas vezes passam a ditar os próximos passos do stardom (quando não o escraviza; malditos sejam, otaku moezeiros). Com o advento das novas mídias, sobretudo a internet, o resultado foi a proliferação da comunidade yaoi entre pessoas geograficamente muito distantes, situação que explodiu em subculturas e despertou maior interesse de estudo sistemático da situação, além é claro, do interesse de muitas pessoas em ganhar dinheiro com isso.
 Ser mulher no Japão.
Ser mulher no Japão não é pior ou diferente do que ser mulher em qualquer outro lugar do mundo (salvo em alguns países da África e do Oriente Médio… Deus me livre!).
A realidade da vida feminina sempre foi a desvalorização, o boicote e a frigidez. Entretanto, é notado que lá e cá, através das ultimas décadas, obtiveram expressivas mudanças na forma de se tratar a mulher.
Aliás, é acertado dizer que, em comparação ao Brasil, o Japão esteve algo mais a frente, pois possuiu uma pequena organização matriarcal, que permitia as mulheres terem filhos sem serem casadas e que trabalhassem para custear as próprias vidas: as gueixas.
Esta sociedade de artistas femininas seguia as próprias regras e quando do primeiro contato com a sociedade ocidental (exército americano), foi considerada uma sociedade de prostitutas. Talvez tenha sido culpa da docilidade.
Não duvido que neste momento eu esteja prestes a ser apedrejada pelas feministas de plantão, mas… você já ouviu falar de docilidade?
Numa nação em que o meiwaku é levando em consideração antes de se pensar em construir uma frase e dizê-la para o vizinho, a docilidade é sem dúvidas uma questão importante para as mulheres. Não quero dizer que no Japão as mulheres nunca foram oprimidas, não é nada disso, mas alguns aspectos que são meramente rotulados como submissão, na verdade são um comportamento feminino, chamado docilidade.
A docilidade está muito além da compreensão das mulheres que tocam fogo nos sutiãs! A docilidade é uma capacidade de não concordar sem bater de frente; a super grosso modo!; é sorrir a um insulto sem se rebaixar, nem se desvalorizar, muito menos mudar de opinião. É ganhar no sorriso e não no grito. Ora… vamos combinar… sua vida teria menos estresse dessa forma, não?
Então… a docilidade também está relacionada com a sexualidade feminina. Eu diria que a docilidade criou o advento Moe! Características como prever as necessidades das pessoas, ter uma conduta positiva, exaltar a feminilidade e a obsessão kawaii criaram esse demônio chamado Moe. Eu? Não tenho nada contra não…Entretanto, por algum motivo sinistro, toda essa coisa da “mulher japonesa”, faz com que ela pareça insatisfeita com a sua vida sexual.Não. Não é privilégio da mulher japonesa ficar insatisfeita com a vida sexual, os amantes de ultimamente é que são deprimentes.Bom, sabendo que os machos do mercado é que são ruins e não as mulheres que tem problemas com a sua sexualidade, acho que já ficou claro que o yaoi não é uma fuga de uma foda mal dada, né… u_u.
Na verdade acredito que ser mulher no Japão dá mais opções de literatura homoerótica direcionada ao público feminino do que aqui. Lá é possível encontrar material yaoi em qualquer esquina e se você curtir uma onee-san… também está disponível. Nesse aspecto, a liberdade é maior.
“Como fujoshi otaku, sinto que minha sexualidade tornou-se mais livre quando comecei a ler BL comics. As autoras colocam toda sua sensualidade, imaginação e experiência sexual nas histórias. Pensei então que poderia fazer isso na minha vida sexual para que ela fosse agradável como o que eu aprecio.” – Akiko-san, 29 anos, fiel frequentadora do Comic Market.
Gente, vamos acordar… Não é nada incomum as meninas de 15 anos já estarem mantendo relações sexuais com os namorados. Isso mesmo, no Japão! Tem mangá shoujo que fala sobre prevenção de DST, pílula anticoncepcional, como transar nas férias de verão pra esse tipo de público! A sexualidade no Japão é tão complexa quanto em qualquer lugar do mundo e tão simples também, porque na verdade, quem complica é você. u_u.
Como dito, o fenômeno surgiu entre garotas amadoras mas logo foi absorvido pelo mainstream. A primeira revista yaoi profissional foi a bimestral June (referência à Jean Genet, pois a pronúncia de June se assemelha a Genet em japonês), lançada em 1978. O mercado editorial trouxe artistas amadoras de sucesso para os primeiros passos, como Ozaki Minami (famosa por mexer com Captain Tsubasa) e Kohga Yun (Saint Seiya). Ao contrário do que nós, ocidentais, possamos pensar, o yaoi não é um fenômeno escondido no armário, ele é bem aberto. Kinokuniya, a maior livraria de Tóquio, tem uma seção só disso. Suas leitoras, que vão de estudantes ginasiais a funcionárias públicas, frequentam fóruns virtuais, escrevem artigos, trocam links, discutem títulos, marcam encontros e inclusive vão a eventos exclusivos do tema, como o Tokyo Harumi.

Algumas se declaram viciadas, a maioria apenas alega ser um passatempo. Mas o fato é que a postura de quase todas é muito ativa, seja na produção, distribuição ou mesmo transformação do yaoi. Não apenas lêem, mas criam seus próprios textos ou mangás yaoi, na condição de audiência ativa. O valor do yaoi, então, estaria menos na qualidade da obra em si, mas sim na reformulação ou questionamento dos papéis sociais. As leitoras sentem-se abençoadas pela possibilidade de poder, pela primeira vez, olhar para o mundo com uma perspectiva própria, não patriarcal e machista (ainda que, insisto, essa postura é duvidosa).

Sailor Starlights
Seria irresponsável da minha parte tocar esse assunto sem falar no universo gay. Se o yaoi é um movimento quase que estritamente feminino, como os gays reagem a isso? Por um lado, os movimentos gay e feminista estão de mãos dadas na crítica ao domínio do pensamento heterossexual e suas imposições sociais que limitam a livre expressão sexual das minorias (se é que posso chamar as mulheres de minoria). Por outro lado, críticas foram feitas contra o yaoi pela popularização dessa representação falsa dos homossexuais, que seriam sempre lindos, carinhosos, delicados e profundos; o yaoi, para alguns gays, seria apenas outra forma de agressão ao homem homossexual. Mesmo os que nada tinham contra o yaoi, também não consumiam. A pornografia gay que os agradava era muito mais próxima da visão hetero masculina - visual e explícita - que feminina.



Homossexualidade no Japão.

O casamento é algo que diz respeito às famílias envolvidas e não apenas aos noivos. É por esse motivo que os rapazes noivos, mesmo sendo gays, casam com mulheres. u_u.

Vai além da vergonha de festejar com o buraquinho. Está relacionado ao dever que se tem para com a família. Os pais, os avós e os ancestrais lutaram para que o jovem gay tivesse uma boa condição financeira e formação escolar. Ele simplesmente não tem o direito de fugir na garupa daquele yakuza! 

Assim sendo, o gay é obrigado a se refugiar num mundo secreto, numa realidade alternativa. O Shinjuku 2-chome abriga todas essas histórias tão parecidas.Naturalmente você deve pensar que ninguém é obrigado a nada. Que aquele gayzinho de quem falei tem mesmo é que fugir na garupa do yakuza e que ninguém tem nada a ver com isso. Acontece que, me desculpe, o proibido é mais gostoso. Digo… a cultura é outra, minha amiga (ou amigo)…
Na verdade a homossexualidade tem uma história no mínimo pitoresca no Japão. Com a ausência da culpa e do recato cristão, essa sociedade abençoada esteve livre para praticar a meinha em diferentes modalidades, através dos séculos, amém!Desde os tempos mais remotos o sexo entre homens é tratado com alguma naturalidade, aparecendo em antigos tratados de medicina, documentos, literatura e na arte.
As palavras antigas para designar a prática sexual entre homens eram relacionadas àcor (mesmo nos dias de hoje, a sensualidade é relacionada à cor: 色っぽい ou iroppoi) e ao caminho, como em chado, shodo ou bushido.
男色 ou nanshoku, significa literalmente cores masculinas e 若众道 ou wakashudo, que significa o caminho dos rapazes adolescentes, claro enaltecimento da juventude masculina – Saint Seiya TOTAL >o<.
Ora, dentro desse contexto permissivo, é esperado que samurais, monges, atores de Kabuki, comerciantes, michês e todo o resto se reúnam em narrativas históricas, carregadas de maravilhosos detalhes, sobre essa prática sexual entre os homens, mas que de forma alguma podia romper seu caráter oculto, incomodando e trazendo transtornos (meiwaku) ao restante da sociedade.
Sob essas cores, a homossexualidade no Japão se desenvolveu numa espécie de sociedade secreta onde a maior parte dos membros não tem nenhum interesse de assumir seu amor por rapazes. A maioria parece estar satisfeita desta forma. Quem disse que não é possível ser feliz assim?
Vejo inclusive um ponto muito semelhante a nossa própria cultura. Alguns gays saem do armário e vão para a passeata do orgulho gay. Outros continuam em seus lares, com as suas esposas, xingando toda vez que veem uma manifestação da liberdade gay, renegando para os outros o caminho que não quiseram para si. 
A intolerância e o preconceito não são forjados apenas pela ignorância, mas também por aqueles rapazes que defendem desesperadamente a heterossexualidade de Camus de Aquário, mas que se pudessem, caso ele fosse real, pulariam nele… não é?!!! Que escândalo!
De qualquer forma é importante colocar o seguinte: yaoi não é voltado para o público gay, bara é. Apesar de tratar de conflitos deste universo masculino, dúvidas, questionamentos ou meramente a alegria de ter um lindo namorado, é feito para mulheres, com o que a sociedade japonesa acredita ser sensibilidade feminina, mas que agrada jovens rapazes gays atrás de romance, suspiros e um Seme alto, másculo e de ombros largos. Eu não tenho medo de dizer que o yaoi é na verdade universal!
“Meu manga é yaoi, não gay. E há uma diferença sutil entre os dois. Eu poderia desenhar quadrinhos gays realistas, ‘slash’ se você preferir, mas as leitoras não aceitariam da mesma forma. Para dizer a verdade, eu quero desenhar cenas de amor mais realistas, por exemplo. Mas tenho que ter cuidado para manter suave e delicado. É um ponto essencial.
Os aspectos psicológicos desempenham um papel importante também. É sobre como os personagens sentem e como eles lutam até obter o amor até que seja alcançado. A história é sobre os sentimentos dos personagens de dor e saudade um do outro, que é mais uma ‘sensibilidade feminina’. – Kodaka Kazuma-sensei
O yaoi ajudou a consolidar entre as japonesas uma idéia fantasiosa sobre os gays, junto de revistas femininas como CREA e SPA, defensoras do homem gay como um companheiro, dono de qualidades ímpares não presentes nos heteros. O gay, segundo essas publicações, consegue separar intimidade de sexualidade melhor que o hetero. Filmes como Okoge e Twinkle transmitem a mensagem de que gays oferecem o tipo de amor, respeito mútuo e consideração incapazes de serem fornecidos pelos heterossexuais. Em Twinkle, um casal (mulher hetero e homem gay) simulam um casamento fachada para fugir das pressões familiares e sociais por um casamento. O gay encontra um homem, mas o casal de fachada está apaixonado e não se liberta dessa condição. (eu não vi o filme, apenas transmito a descrição). 

As leitoras/produtoras de yaoi fazem questão de deixar claro: Elas distinguem muito bem homossexual de homossexualidade. O primeiro, seria o praticante, o gay real, enquanto o segundo seria, para a perspectiva delas, a fantasia.

Slash Fiction


Você pensa 'coisa de japonês'. Está enganado, meu colega. É inevitável traçar paralelos entre o yaoi e o Slash Fiction, movimento setentista americano, predominante entre o fandom feminino e heterossexual, que imaginava relações sexuais envolvendo personagens homens do universo ficcional, como seriados e filmes. Iniciado pelo fandom de Star Trek, mas depois absorvido pelos fãs de X-Men, Babylon 5, Blake's 7 e outros, o fenômeno ganhou destaque no meio acadêmico, onde também foi justificado como uma forma de independência contras os limites impostos pela cultura patriarcalista e pela reconfiguração da identidade masculina, colocando os desejos femininos como centro (até o Jenkins escreveu sobre isso). Um episódio da sétima temporada de Supernatural se chamará Slash Fiction, com uma suposta insinuação homoerótica entre os irmãos Sam e Dean.

O público de slash é muito crítico quando analisa o maistream, as noções patriarcais de gênero e sexualidade, e a si mesmo. Slash recebeu mais atenção dos acadêmicos que do mundo gay, que considerou os fanzines a expressão da frustração feminina, mas acharam legal o ataque à heterossexualidade compulsória. Diferente do yaoi, o slash se manifesta em textos cursivos ou ilustrações, não em quadrinhos.

Apesar disso, também pela homofobia ocidental, slash fiction é desprezado pelos apreciadores de ficção científica; até hoje as fãs do gênero estão presas no armário, precisando justificar seu hobby. Frequentemente são perseguidas pelo Copyright, pois os donos dos direitos autorais se recusam a ver seus personagens envolvidos nesse tipo de ilustração (enquanto no Japão fazem vista grossa, pois doujinshi é uma forte sustentação da vida útil dos títulos). Essa tensão definitivamente não existe no público yaoi. Este é mainstream, aquele, nicho. Uma diferença do yaoi para o slash é que o japonês foca em garotos ou jovens e o ocidental em homens adultos e maduros, geralmente. A juventude é celebrada por ambos os sexos no Japão.

Slash fiction e yaoi são eventos coincidentes, não nasceram de mãos dadas ou por influencias diretas; claro que estão inseridos no mesmo contexto mundial e em semelhantes contextos culturais, mas foram movimentos espontâneos e autóctones. 



Korean Dorama

Falei de cultura pop, não posso ficar preso ao Japão, pois tudo que eles fazem vira conteúdo de exportação. Na Coréia do Sul, país de moral tradicional arraigada que considera a homossexualidade um desvio, uma anormalidade, o yaoi se popularizou a partir de 1995. Nos EUA o yaoi foi introduzido pelos títulos Fake e Gravitation, conquistando amplo sucesso entre o público gay. Lá, já existem duas convenções especializadas na temática yaoi, como o YAOI-con na Califórnia, que reune cerca de 1.500 pessoas. No Brasil, convido-os a visitar a sepultada rede social Orkut (uma ótima fonte de dados secundários para pesquisas do nível) e dar uma olhada nas comunidades de yaoi. Milhares de pessoas com postura ativa semelhante às japonesas (não em produção, mas em debate - também não em nível). Recomendando títulos, escolhendo casais favoritos e até ensinando como esconder os arquivos no computador compartilhado para que ninguém descubra seu hobby. Claro que há muitas ciladas do Bino entre os tantos fakes de personagens kawaii femininos -  deve ter macho pra caramba - mas certamente uma parte considerável (quem sabe a maior parte?) é realmente de meninas, essas pequenas Cinderelas que não podem assumir publicamente que gostam de Gravitation, então criam fakes e pastas chamadas "PROVAS" para arquivar a bomba atômica. Dois depoimentos coletados no público Orkut:

"Além de esconder os arquivos em pastas e talz... vc tb pode mudar o nome dos arquivos. Colokar alguma coisa, tipo, inves de "Gravitation" coloka trabalho escolar!ashshuashuahuhau!Eu fazia isso. Ai ninguem mexia pq o nome ja dizia o q "era"! ^^"
"Tenho dois irmãos mais velhos que mexam no pc e tem minha mãe,
só dá pra mim ler de manhãzinha quando todos ainda tão dormindo e minha mãe fica la embaxo. (tem dois andares a casa). Ou quanto não tá ninguém em casa, coisa que é
muito dificil."


Alguns dados sobre a penetração do yaoi no ocidente. Em 2005, foram achadas 785 mil páginas em inglês sobre yaoi, 49 mil em espanhol, 22.400 em coreano, 11.900 em italiano e 6.900 em chinês, país que limita severamente a pornografia. O Yahoo! possui uma categoria de busca exclusiva de conteúdo yaoi.

Há adaptações na produção ocidental, o yaoi feito nos EUA costuma ocorrer nas faculdades para evitar problema legais, apesar da aparência dos personagens não convencer (o japonês ocorre na escola mas também as vezes parece ocorrer no jardim da infância). Mas o público é o mesmo, 85% mulheres, a maioria heterossexual. Nesse ponto reside um dos problemas, parte do yaoi consumido pelas estudantes japonesas é crime em outros países, por envolver insinuação ou consumação sexual entre menores, o que é legalizado no Japão no formato mangá, mas em quase nenhum outro país do mundo. É, baixar um doujinshi japonês pode ser crime, senhorita! Entender o sucesso do yaoi no ocidente é problemático, tanto pelo caráter ilegal de muitos sites quanto pelo fandom menor de idade, que tornariam pesquisas eticamente questionáveis no politicamente correto meio científico.

O yaoi no Brasil.
O ano de 1994 foi muito importante para nós fãs de anime. Cavaleiros do Zodíaco estreou na finada Tv Manchete, trazendo a primeira onda de fanatismo Otaku.
Para quem, como eu, já tinha uma certa idade, a relação de amizade, dependência e todo aquele lance de civilização clássica grega dava o que pensar. u_u. Foi aí que o yaoi surgiu no Brasil: nas cabecinhas de todas as meninas que olhavam o Shun e pensavam “AHAAAAM!”.
Quem foi além do fundamental sabe que um movimento não é algo linear e estático. Surge pipocando em diferentes regiões até tomar corpo e características básicas que o classifiquem como algo. O yaoi aqui no Brasil também foi assim.
Movimentos concomitantes ocorreram em São Paulo, Rio de Janeiro, Natal e nos Cafundós de Judas. Sites foram ao ar (Internet discada, OK?), cadernos cheios de sacanagem foram trocados nas salas de aula. No trabalho algumas sussurraram: “Viu o que o Hyoga falou quando chegou à casa de Escorpião?”. O yaoi nasceu pluralmente!O yaoi nasceu meio maçônico, meio indefinido, e por volta de 1997, o que era Boys Love no Japão, ganhou a alcunha de Yaoi no Brasil.
Aos poucos as fujoshi foram se aglutinando. A internet ajudou bastante neste processo. Elas foram se conhecendo, se tornando amigas, se odiando, plagiando umas as outras, reunindo séquitos de adoradores, ou uma legião de aldeões com tochas e ancinhos nas mãos diante da porta de casa, mas nunca uma messias verdadeira apareceu para nos guiar! >o<.
O yaoi se tornou um fenômeno comportamental, por assim dizer, se você considerar que muitas de nós vivem em função do yaoi, ou têm o yaoi como seu maior passatempo (Que dá no mesmo u_u.). Gostaria de falar também sobre o “Jogar yaoi”, uma modalidade absolutamente surreal e legitimamente brasileira (ou ocidental, considerando que a prática também ocorre nos países do continente americano) – não tenho conhecimento de que no Japão as fujoshi joguem yaoi. Com uma mistura de RPG e total falta de bom senso, o yaoi entrou de forma pregnante na vida de algumas fujoshi nacionais.
O yaoi como jogo requer quase que obrigatoriamente um posicionamento sexual. Você deve ser seme ou uke. Total flex é coisa rara! As meninas representam papéis masculinos do fandom ou originais e não é nada incomum um envolvimento bem passional por parte das participantes. As histórias invariavelmente evoluem para um desfecho sexual e se as suas não, você é uma fujoshi fracassada. u_u.
Felizmente (ou não) essa capacidade criativa da fujoshi nacional produz um yaoi ainda mais colorido que o do Japão, acredito eu. E digo mais, se essas sacanagens particulares virassem material digital ou fanzine, teríamos uma grande chance de produzir uma Comic Market tupiniquim, um mercado todo especial para o conteúdo que já é gerado, mas que não vai para lugar nenhum além dos logs dos MSNs.

Diferente desse lado do mundo, no Japão a pornografia também é consumida pelo público feminino e a homossexualidade não é tratada como tabu, como em países de moral judaico-cristã. Não que o Japão seja um paraíso para os gays, mas pelo menos nesse sentido de exposição, eles são bem mais liberais. Lá, o tema homossexualidade transita livremente pela cultura de massa e pelos quadrinhos femininos, inclusive os infanto-juvenis. Cristiane Sato, autora do livro Japop, menciona o estranhamento de Naoko Takeuchi, a mãe das Sailors, por ser constantemente questionada por jornalistas e críticos culturais ocidentais sobre suas personagens de sexualidade duvidosa numa animação voltada para as crianças (caso das Sailor Starlights, de aparência masculina que se transformam em divas usando cano alto ou da relação estranhíssima entre as sailors Urano e Netuno)...o mesmo estranhamento que o americano sentia ao ver os japoneses direcionando esse conteúdo para crianças, é sentidos pela asiática que não entende o que há de mais nisso. O Japão tem um histórico de explorar a homossexualidade - e a androginia - nas artes e literatura há séculos.

Sailor Urano e Sailor Netuno

Gostaria de, finalmente, trazer à baila algumas considerações finais. Essas reflexões datam, em sua maioria,  do anos 90. As coisas mudaram bastante na última década, mas os títulos sobre o assunto ainda não foram traduzidos para o inglês ou francês para que fossem disseminados culturalmente. É bem provável que certos fatos já estejam obsoletos e mesmo o cenário maior esteja datado (por exemplo, é sabido que o gênero cresce entre o público gay). Outro ponto importante, o yaoi está sendo descaracterizado por alguns títulos ultimamente, perdendo sua essência quando as produtoras criam séries com inúmeros capítulos e volumes (não estou falando que é bom ou ruim, apenas constato a mudança). Tanto que algumas leitoras já demonstram insatisfação com o padrão yaoi e denunciam um suposto olhar masculino em sua produção - algumas até migraram para o yuri.


Sem vergonha de ser fujoshi >o<.

Mas no yaoi não tem um viadinho que é uma mulherzinha?

Sim, tem… o seu pai u_u.
Conclusão
Não vejo problema nenhum em fazer do homem um objeto ou em ser objeto. Fantasiar é meramente fantasiar. A vida cotidiana não é sexo nem fantasia, há de se saber separar a ficção e fetiche da realidade para viver uma vida saudável!
No yaoi o homem assume inúmeras figuras, desde a leitora insegura e frágil, até o homem ideal de outra leitora, pleno em potência sexual, gay por acidente ou militante da causa. O yaoi não tem uma fórmula certa, existem histórias para todos os gostos e de todos os tipos. Estereótipos existem mesmo na literatura “tradicional”, é normal que apareçam no yaoi, mas de forma alguma são via de regra.
Garotas fujoshi não querem ser necessariamente homens, não se veem necessariamente num personagem feminino. Personagens de yaoi não são necessariamente femininos.
Características psicológicas não são masculinas ou femininas, mas… você entendeu, né?
Fujoshi é a menina que gosta de yaoi, mas não é por isso que vai dar uma de seme e sodomizar o namorado/marido/casinho/amante/cacho/cafetão, OK? 9_9.
Referências:
http://yamaneayano.com/message/
http://www.journaldujapon.com/2010/09/interview-ayano-yamane-auteure-de-boys-love.html
http://liheliso.com/Interviews/HikaruSasaharaInterview2007.html
http://ja.wikipedia.org/wiki/やおい
http://ja.wikipedia.org/wiki/ボーイズラブ
http://www.gay-art-history.org/gay-history/gay-customs/japan-samurai-male-love/japan-samurai-homosexual-shudo.html


Tudo bem... eu sei que a matéria ficou gigantesca (o___O) mas vale a pena conferir ^^
Fonte: Otakismo, Wikipedia e vários outros sites hehe^^
Itekimasu!

3 comentários:

  1. Por que o blog Otakismo, do qual você tirou a base desse texto, não é citado nem como fonte?

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    1. Na verdade eu não tirei do Otakismo, e sim de vários sites, eu não me lembro de onde foi, mas já que você falou, vou colocar os devidos créditos sim.

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  2. Plágio é crime. Favor corrigir seu erro, admitir não seria um problema, mostraria grandeza.

    Gyabbo!

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